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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

POSTAL


deste lado da ilha

o cais e a cidade velha

datam de muito tempo,

mas a cidade é um poema



não cresceu. é sempre a mesma.

todos os dias igual:



o mesmo outeiro da cruz

desterro, fontes e fortes

igrejas, lendas, sobrados

estreitas ruas, mirantes

portões, sacadas de ferro

poetas, becos, telhados

serestas, maledicência

saveiros, pregões de rua

cantaria, mal-amados

rios (chão, templo e canteiros)

de peixe e palafitados)

ladeiras, moças bonitas

recato e amor nas janelas

casarões azulejados.



cidade em traje a rigor

vestida à colonial

meu mundo, meu porta-jóias

meu bem, meu cartão postal.



brisa de maré vazante

sem similar no país.

quietude pousada na água

caminhos feitos de história.



gente vem ver São Luís!

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